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Nota Oficial

A Associação Nacional de Desembargadores –  ANDES, neste ato representada por seu Presidente Nacional, o Desembargador Luiz Eduardo Guimarães Rabello, tendo em vista o que vem ocorrendo no âmbito mundial com relação à pandemia resultante da circulação do Covid 19, vem hipotecar irrestrita solidariedade ao Governo Brasileiro, nos três níveis de administração, em razão das dificuldades que o Brasil vem enfrentando para a aquisição dos produtos indispensáveis para que seus incansáveis profissionais de saúde possam atender a contento, não só os brasileiros, como os estrangeiros aqui residentes.

Com efeito, lamentável a postura que vem sendo adotada pelas maiores potências mundiais, as quais vem se prevalecendo de suas condições econômicas para, em detrimento das aquisições dos materiais necessários à preservação da vida dos cidadãos brasileiros e estrangeiros aqui residentes, sem qualquer postura ética, atropelam as encomendas feitas pelo Brasil dos insumos e produtos necessários ao combate do vírus que, aqui, vem ceifando vidas.

A propósito, é sempre bom lembrar que, quando ocorreram as queimadas na Amazônia, o Brasil tomou todas as medidas, ao seu alcance, necessárias à preservação da saúde mundial, combatendo o desmatamento, ou seja, em momento algum agiu de forma a estimular a agricultura, pecuária e indústria e comércio da madeira.

É importante salientar que, em sendo o Brasil um país de dimensões continentais e a circunstância de que, em seu território, caberiam juntos razoável número de países da Europa ou de outros continentes, sendo seu território totalmente habitável ao contrário dos poucos países de maior extensão, em que parte deles, em razão das condições climáticas, são inabitáveis, tais circunstâncias explicam e justificam as dificuldades que enfrentam nossas autoridades para uma fiscalização eficaz, com providências rápidas, circunstâncias que não são levadas em conta pelas nações estrangeiras em suas críticas com relação às queimadas na Amazônia e em outras regiões ainda inabitadas do nosso país.

Com efeito, se o Brasil procedesse como vem procedendo os países do chamado “Primeiro Mundo”, ele não estaria hoje sendo “passado para trás” pelas “grandes nações”, na corrida pela busca dos insumos e aparelhos para socorro de suas populações infectadas pelo Covid 19. Muito pelo contrário, se o Brasil liberasse as suas terras para o desmatamento em favor das madeireiras, dos pecuaristas e fazendeiros, estaria hoje em pé de igualdade para atropelar, quem quer que fosse, na busca da proteção do povo brasileiro.

Que Deus nos ajude e coloque um mínimo de ética no procedimento das nações poderosas.

Rio de Janeiro, 07 de abril de 2020.

Luiz Eduardo Rabello

Presidente Nacional