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Nota da ANDES pela Magistratura

A Magistratura brasileira vem, nos últimos meses e dias, sendo duramente criticada. Os que assim o fazem, não devem esquecer que ela não é retrato de alguns poucos, mas sim de aproximadamente 17 mil magistrados, que, em quase sua totalidade, trabalham para tentar tocar e prestar jurisdição nos quase 100 milhões de processos que tramitam por ano em seu sistema físico ou virtual. Qualquer conduta dos cidadãos/magistrados, deve ser apurada, na forma da lei, obedecido o princípio da proporcionalidade entre o ato e a punição, portanto, na medida certa, tanto punitiva quanto social, pois não mais vivemos o tempo de caça às bruxas.

Não é razoável que o desatino de alguns conspurque toda uma categoria disposta a garantir, todos os dias, o direito daqueles que a procuram. Com exceção daqueles que preferem o “quanto pior melhor”, essa superlatividade de fatos que envolve a Magistratura, não serve a ninguém. Juízes nascem do tecido social, com defeitos e virtudes e o exercício do seu munus não os tornam obviamente imaculados.

Des. Marcelo Buhatem
Pres. Associação Nacional de Desembargadores